Em 16/06/2019

 

Presas por engano em Boa Ventura, jovens sofrem abalo emocional

 



             Por Redação da Folha – Duas jovens de Itaporanga, com idades entre 19 e 26 anos, moradoras do Conjunto Chagas Soares e Bela Vista, foram passear, na noite da última sexta-feira, 14, em Boa Ventura, que está coberta de ornamentação junina, mas, o que era para ser um momento agradável, terminou em pesadelo para elas: as duas foram presas sob acusação de um roubo que não cometeram.

            Elas estavam no centro da cidade fazendo fotos, quando foram surpreendidas pela polícia. As jovens foram acusadas do roubo de um celular que havia ocorrido minutos antes na cidade. A única suposta evidência é que a moto delas era parecida com a utilizada pelas duas mulheres que tomaram o telefone. A vítima e uma testemunha fizeram um reconhecimento precipitado: foram induzidas pelo momento e o trauma emotivo a acreditar que as jovens detidas pelos policiais eram as criminosas.

            Apesar de negarem veementemente participação no crime, elas terminaram presas e conduzidas à delegacia de Itaporanga, onde tudo foi esclarecido pelo delegado Glêberson Fernandes e, finalmente, as jovens foram liberadas sem nenhum indiciamento, depois de momentos de profundo temor.

              Conforme o delegado, logo no início ficou claro que não havia qualquer evidência da participação das duas no fato. Primeiro, segundo ele, a cor das roupas que elas usavam era diferente do traje que vestia as mulheres que cometeram o crime, e, depois, conforme ainda dr. Glêberson, as fotos constantes nos celulares das jovens mostram que, no momento do roubo, elas, de fato, como disseram, estavam fazendo imagens no centro da cidade. “As câmeras do celulares registram a hora em que as fotos foram tiradas e houve uma sequência de fotos no mesmo horário em que ocorreu o roubo”, disse Glêberson, o que mostra que elas não estavam no local do crime no momento em que o delito foi cometido.

              O que também favoreceu as jovens é que, no momento em que elas se encontravam detidas na delegacia, as verdadeiras criminosas estavam soltas em ação, tanto que houve o registro de um roubo em Diamante cometido pela mesma dupla que atacou em Boa Ventura. “Elas não são onipresentes: não poderiam estar na delegacia e, ao mesmo tempo, em Diamante, e isso foi mais uma evidência de que a prisão foi por engano”, comentou o delegado. Apesar de soltas poucas horas depois de serem detidas, a prisão trouxe profundo constrangimento e abalo emocional para as duas jovens.

 

 

 

 

 

           

 


 

 
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