Em 01/08/2021
Por Redação Folha – Funcionário de uma fábrica de plástico em Aguiar, Eduardo Emerson de Lima (foto), conhecido como Dudu, de 22 anos, era solteiro e um jovem muito querido e conhecido na cidade. “Esse rapaz é de uma idoneidade fora do comum, nunca bebeu, nunca brigou, calmo, aquela pessoa que só trabalhava”, comentou um morador local.
Severino Ferreira da Silva, de 37 anos, casado e pai de três filhos pequenos. Trabalhava em uma indústria têxtil em Igaracy, onde também residia.
Esses dois destinos cruzaram-se em uma estrada na madrugada deste domingo, 1º, e perderam-se para sempre. Enquanto Dudu retornava de Igaracy para Aguiar, Severino fazia o caminho contrário, ambos munidos por motocicletas. Um dos veículos, como se supõe, invadiu a mão contrária, ocorrendo um choque frontal e violento.
De um lado, três filhos órfãos; de outro, um pai e uma mãe, João Raimundo e Francisca Lima, que cumprirão a dura missão de enterrar um filho. O sobrevivente do acidente, um rapaz que estava na garupa da moto de Dudu e que se encontra hospitalizado, certamente sabe o que aconteceu. É a única testemunha do caso, que deverá ser apurado em inquérito policial, mas já não há a quem punir nem absolver, porque os principais personagens deste enredo triste já foram punidos pela vida, ou melhor, pela morte.
As estradas nem sempre perdoam as imprudências e também não são justas, porque cobram também um preço alto dos inocentes. Dirigir é uma responsabilidade coletiva, mas nem todos compreendem isso. Não entendem que seu erro pode ser fatal também para os outros. Quase toda semana, as vias regionais sepultam imprudentes e inocentes, uma carnificina sem parada.