Espaço da Câmara de Itaporanga está sendo ampliado, mas expansão é questionada

         Por Redação da Folha - A Câmara de Itaporanga, que há muito tempo ocupa um primeiro andar na Avenida Getúlio Vargas, vai ampliar seu espaço de funcionamento e ficar também com o imóvel térreo do mesmo prédio: é o lugar onde funcionaram a biblioteca Paulo Correia e, mais recentemente, o Bando do Brasil. 

        Com a saída da agência bancária do local no ano passado, a Prefeitura doou o imóvel à Câmara Municipal. A presidência atual do legislativo decidiu construir gabinetes paras os vereadores no novo espaço. A obra está em andamento e vai custar quase 800 mil reais.

       O novo prédio da Câmara foi adquirido há 36 anos, na gestão do interventor Murilo Bernardo por iniciativa do seu então secretário Agápio Sertão para funcionar a biblioteca Paulo Correia, um espaço importante de leitura que contribuiu para a formação de muitos jovens, mas que foi lamentavelmente fechado para dar lugar ao Bando do Brasil no final da década de 90.

         A agora com a desocupação do prédio, seria tão proveitoso para a educação do município se a biblioteca voltasse a ocupar seu antigo espaço central e que é de grande visibilidade, aliás, poderia funcionar no imóvel um importante centro de educação e cultura, com foco na leitura, literatura e cinema, como defende vários educadores locais, pela grande carência que a cidade tem de espaços culturais e literários para atração e acolhida dos jovens, mas a Prefeitura preferiu doar o imóvel para o legislativo sem ouvir a sociedade, como foi o mesmo caso da derrubadas das árvores e dos bancos centenários da Av. Getúlio Vargas, que se tornou inóspita. Ruim para os idosos, mulheres grávidas e com crianças que vão ao centro e não têm onde descansar. A noite, a falta dos bancos tirou também os casais e jovens do centro por falta de assentos.