Em 18/08/2019
Coluna Curto & Grosso - Quando Coutinho usufruiu do prestígio popular de Cássio para chegar ao poder em 2010 e, depois da eleição ganha, expulsou os cassistas do governo e iniciou uma longa campanha difamatória contra Cunha Lima, o Ricardo mostrou-se um homem desleal, ambisioso e fingido politicamente. A prova definitiva veio agora ao romper com o seu próprio afilhado político transformado em governador pelas mãos e bênçãos do próprio Coutinho.
A diferença agora é que Ricardo não está no poder. O poder é de João. Coutinho saiu do governo, mas imaginava que o governo não tinha saido dele. Deixou o Palácio, mas queria continuar reinando. Não deu certo. Um casamento que parecia eterno terminou ainda na lua de mel e dificilmente terá volta. São as voltas que a politica dá e sempre surpreendentes para os que não conhecem a podridão de interesses e egos nos bastidores e corredores do poder.
Agora Coutinho, sem o poder e ameaçado pelo fantasma da operação Calvário, começa a experimentar também um outro dessabor: os falsos amigos. Muitos daqueles que glorificavam Ricardo agora começam virar as costas para ele e agarram-se com toda a força em João: querem salvar seus empregos e prestígio no governo.