Em 21/04/2019

 

O único ente atual no Vale que existia no tempo em que Cristo passou pelo mundo

 



           Por Redação da Folha – Achados arqueológicos, a exemplo de inscrições rupestres, como é possível encontrar em pedras de vários municípios regionais, tomadas por pinturas primitivas, mostram que há centenas ou milhares de anos já existia vida humana nas terras deste Vale: variadas tribos indígenas habitavam este lugar.

            É bem provável que, no tempo de Cristo, muitos humanos primitivos habitassem os territórios que pertencem hoje a Itaporanga e a região. No entanto, os índios foram exterminados pelo machado e bazuca dos colonizadores brancos, que se apropriaram da terra e iniciaram a povoação tida como “civilizada”. A coragem e músculos do cacique Piancó não foram suficientes para conter a fúria dos homens que carregavam crucifixos no peito e espadas nas mãos.

            Nossos índios desapareceram, mas a fonte de sobrevivência dos nativos foi a mesma que nutriu nossos pais, avós, bisavós, trisavós, tetravós, e  existe até hoje. O rio Piancó, que deu água, peixe e caça para os Curemas Cariris, também foi fundamental para que cidades nascessem às suas margens. Claro que o rio do tempo de Cristo não é o mesmo atualmente: sua drenagem era menor, um curso d’água de vazão ainda tímida, mas, em compensação, suas águas eram puríssimas, diferentemente de hoje.

            O rio, que desde o princípio da era cristã e até hoje, é fundamental para quem vive às suas margens e dar de beber a milhões de pessoas através dos açudes de Coremas e Armando Ribeiro, continua vivo, mas não vive bem. A civilidade que ele nutriu agora o mata sufocado pela lama tóxica de cozinhas e banheiros.

            O dinheiro que, no ano passado, a bancada federal da Paraíba (deputados e senadores) conseguiu botar no orçamento deste ano dá somente para fazer o projeto técnico da obra de transposição do rio São Francisco e a licitação foi aberta. No entanto, falta dinheiro para sequenciar o serviço e concretizar o canal que vai interligar o Eixo-Norte ao rio, através do açude de Condado, em Conceição.

          Até agora o governo Bolsonaro não sinalizou se vai disponibilizar algum recurso para a obra este ano ou em 2020, e, mais uma vez, o serviço vai depender de dinheiro de emendas de bancada dos nossos parlamentares federais, mas o que se espera é que o valor do próximo ano seja maior do que a quantia que eles botaram para 2019 e que pode nem dar para o projeto básico e executivo da obra. É preciso “ressuscitar” o rio, mas isso vai depender muito das mãos dos homens de boa vontade.

 

 

 

 

 

             

 

 

 


 

 
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