Em 20/09/2017
Por Redação da Folha - Policiais civis da delegacia de Itaporanga, coordenados pelo delegado Glêberson Fernandes, cumpriram mandado de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira, 20, no escritório Claudinos Advocacia, localizado na Rua Irineu Rodrigues, no centro da cidade.
Conforme o delegado, em entrevista ao programa Jornal da Boa Nova, emissora de rádio local, a operação policial foi motivada por um inquérito que apura o exercício ilegal de profissão e também apropriação indébita. A busca foi acompanhada por representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
De acordo com dr. Glêberson, em fala no rádio, o bacharel em direito José Leonardo, de São José de Caiana, que é sobrinho da advogada Maria Claudino, dona do escritório, é suspeito de utilizar indevidamente o espaço logístico, a assinatura eletrônica e o registro profissional da tia, sem o conhecimento dela, para defender causas previdenciárias na Justiça. “Ele concluiu o curso de direito, mas ainda não tem registro na OAB e, portanto, não pode atuar, mas se apresentava como advogado e cobrava, indevidamente, honorários advocatícios em causas previdenciárias ganhas na Justiça”, comentou o delegado, ao informar que foi a denúncia de um cliente supostamente lesado por ele que levou a polícia à investigação, que está em curso desde maio.
No escritório, que fica em frente à sede do INSS regional, os policiais apreenderam diversos documentos que podem embasar ainda mais a investigação. O suspeito também foi ouvido e nega o exercício ilegal da profissão, argumentando que somente realizava funções burocráticas no escritório. Segundo ainda o delegado, há muito tempo existem queixas com relação à conduta do bacharel em direito e ele deverá ser indiciado por, ao menos, dois delitos. A Folha está à disposição do investigado para qualquer esclarecimento do seu interesse.
