Em 16/06/2018

 

Detalhes de um caso de 6 anos que levou à prisão um dos mais conhecidos odontólogos do Vale

 



            Por Redação da Folha – A menos de um mês e meio de completar 60 anos, o coremense Manuel Luiz de Araújo, popularmente conhecido como Dr. Cláudio, está hoje recolhido em uma cela especial do presídio regional de Patos, mas já foi um dos mais prestigiados odontólogos do Vale, com consultórios em Piancó e Itaporanga, onde também residiu por muito tempo antes de se mudar para Cajazeiras, cidade na qual foi preso na última quarta-feira, 13, por ordem da Justiça itaporanguense em um processo penal que já tem seis anos.

            No final da tarde do mesmo dia, ele foi recolhido à cadeia de Itaporanga, mas, na manhã da quinta-feira, depois de ser ouvido em audiência de custódia no fórum local e ter sua prisão preventiva mantida, foi levado para o presídio de Patos por ter direito à prisão especial em razão de possuir diploma de curso superior.

            A situação pessoal do odontólogo começou a se complicar em outubro de 2012, quando sua enteada, à época com 21 anos, procurou a delegacia de Itaporanga para denunciar que vinha sendo ameaçada de morte pelo padrasto. O motivo, conforme narrou à época ao delegado, é porque ele não aceitava sua ausência de casa. A jovem, que passou por tratamento psicológico, contou à polícia que, aos 15 anos, fugiu da residência por não suportar os abusos sexuais que sofria do padrasto e que começaram quando ela tinha apenas 11. A então adolescente passou a viver com um namorado, o que o acusado nunca aceitou e ameaçava matá-la se não retornasse para casa.

            Depois de investigar o caso e o indiciar por estupro de vulnerável, o delegado à época, Cristiano Santana, pediu e a Justiça decretou a prisão do odontólogo, conforme a Polícia Civil, mas ele já não se encontrava em Itaporanga. No dia 25 de janeiro deste ano, o mandado de prisão preventiva contra Claúdio foi renovado pela 2ª Vara da comarca local. Policiais civis da delegacia de Itaporanga souberam que ele se encontrava em Cajazeiras e pediram apoio da polícia cajazeirense para a captura. Deu certo. Surpreendido em um restaurante da cidade, no momento em que buscava uma marmita, terminou preso.

            O odontólogo nega todas as acusações da enteada e, durante conversa com policiais, deu a sua versão do fato: disse que as denúncias são falsas e motivadas por questões de herança. Um suposto descontentamento da jovem para com ele teria a levado a fazer as acusações, conforme o acusado.

           

 

 

 

 

 

 

 


 

 
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