Em 23/07/2017
Por Redação da Folha – O crime aconteceu na madrugada deste domingo, 23, durante uma festa na quadra do sítio Sangradouro, que fica a cerca de 9 quilômetros da cidade de Coremas. Segundo as informações, o 3º sargento José Gomes da Silva, conhecido como J. Gomes (foto), de 45 anos, 26 dos quais na Polícia Militar, estava de folga e se encontrava na festa, quando foi surpreendido por um homem armado: o policial sofreu dois tiros e chegou ainda a ser socorrido com vida ao hospital coremense, mas não resistiu.
O sargento era de Diamante, onde também residia, mas há muito tempo trabalhava no pelotão de Coremas. Ele era casado e deixa dois filhos, uma mulher e um homem, que também é policial, mas no Ceará. A morte do sargento trouxe forte abalo para sua família e teve repercussão em todo o Vale, onde era bastante conhecido.
Após o crime, pelas informações de uma mulher que se encontrava com o sargento na hora do fato, a PM chegou até um suspeito do homicídio: o agricultor Damião Pereira da Silva, de 31 anos, que é solteiro e foi preso na residência do seu pai, no sítio Boa Vista, onde foi apreendido um revólver calibre 38.
Conforme o delegado plantonista José Pereira, o agricultor nega o crime e diz que nem sequer conhecia o sargento, mas a mulher que estava com o policial afirmou, em depoimento, reconhecer que o homem preso foi o autor dos disparos. Damião admitiu que esteve na festa e se encontrava no local no momento do fato, mas garantiu que não teve qualquer envolvimento no crime. “Ele foi autuado por homicídio e será recolhido à cadeia, mas é preciso aprofundar as investigações porque há fatos ainda para esclarecer”, comentou Pereira. A motivação do crime ainda não é conhecida nem se há outra pessoa envolvida, mas a perícia na arma e o exame necrológico da vítima devem esclarecer melhor os fatos.
Depois do exame necrológico, o corpo do sargento será entregue à família para o sepultamento, que poderá ocorrer nesta segunda-feira no cemitério de Diamante. Foi o segundo policial militar assassinado no Vale em pouco mais de dois anos: em fevereiro de 2015, o sargento Pedro Marques da Silva, então com 52 anos, foi executado a tiros em sua propriedade na zona rural de Ibiara.